sexta-feira, 1 de abril de 2011

Professorinha de merda!

Nós nunca publicamos nada sobre um filme brasileiro, hoje será a estreia. Confesso que se não vejo no cinema acabo não locando depois, porque quando vou até a locadora acabo me perdendo em meio a tantos títulos que me seduzem, e os filmes nacionais dificilmente são os escolhidos do dia.

Mas hoje aconteceu uma coisa interessante, eu assiti a um filme que passou na Globo! Vi as chamadas durante o dia e me interessei. Agora aqui estou eu, escrevendo sobre ele.

"Verônica" conta a história de uma professora do ensino público do  Rio de Janeiro que fica até tarde na escola cuidando de um aluninho que aparentemente foi esquecido pelos pais. A noite cai e ela decide leva-lo pra casa. O garoto, Leandro, vive na favela, e quando os dois chegam no local em que ele mora, a rua está tomada pela polícia. Os pais haviam sido assassinados, e aparentemente os traficantes que executaram o casal também estavam atrás do filho. 

Verônica, a professora, leva o aluno para a sua própria casa  e descobre que a criança carrega no pescoço um pen drive, que o pai lhe entregou horas antes de morrer. Ao acessar o conteúdo do dispositivo, ela descobre o motivo do assassinato, e percebe que a polícia também está ligada às mortes dos pais de Leandro.

Assim, sem ter a quem pedir ajuda, e sem poder confiar nas autoridades, ela inicia uma fuga, onde enfrenta tanto policiais quanto traficantes, para preservar sua vida e a do garoto.  

O filme tem tanta ação quanto drama. Tem um ritmo acelerado, que não chega a ser frenético, mas te prende o tempo todo! Ação definitivamente não é meu gênero favorito. Não gosto de nada extremamente acelerado, pra mim é o mesmo que jantar com pressa, você não sente o gosto direito. Por isso achei o ritmo do filme ideal. Também não sou fã de perseguições de carro, explosões e coisas do gênero. (Mas eu respeito. Não sou daquelas que vai assistir "Duro de matar" e fica o tempo todo dizendo "que rídiculo, isso é impossível!!!". Acho que quando vc assiste um filme, tem que embarcar na proposta. Enfim, respeito, mas não adoro!) Achei o filme incrivelmente realista nas perseguições. Nada mirabolante ou holliwoodiano (ficaria até ridículo), e nem por isso menos interessante!

Quanto ao drama, é daqueles que cativa. A professora cansada e sem paciência, que está quase se aposentando e perdida nos seus prórpios dramas; a doença da mãe e a relação estranha com o ex-marido, encontra naquele menino o ânimo pela vida, a vontade de começar de novo. Leandro por sua vez, sozinho no mundo, vê na professora a única chace de sobreviver, e de ter uma família de novo. Em meio a toda a tensão das fugas, os dois constroem uma relação. As cenas são simples, com poucos diálogos, tocantes, sem serem piegas. (Eu resiti bravamente e não chorei, só pra constar.)

Andréa Beltrão está ótima no papel da protagonista, assim como o menino que interpreta Leandro! Gente, eu adoro essas crianças prodígios, que dão show de interpretação!! (Aliás, o moleque já deve estar grandinho, porque o filme é de 2006. Alguém reconhece a carinha dele??)
O diretor, Maurício Faria, é um dos diretores de "A grande família," o seriado, e foi ele que dirigiu o filme com o mesmo nome. Ou seja, é coisa boa né?!  

Vou deixar o trailer pra vocês! Espero que se animem! Sei que a maioria não é fã de filme brasileiro, mas deixando o preconceito de lado, é bom valorizar o que é nosso de vez em quando! E essa é uma boa pedida, garanto!


beijos,
Audrey.

Um comentário:

  1. Vim fazer um comentário no meu pórprio post! É que eu não queria misturar com o texto! Mas eu adooooro essa voz que narra os filmes brasileiros!!! hahahahaha! Ela me lembra os filmes do Renato Aragão!
    beijos,
    Audrey.

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