sexta-feira, 22 de abril de 2011

Biutiful

Assim que passou o carnaval eu comentei aqui no blog que tinha assistido a um filme muito legal no Cine Com-Tour, o "Biutiful". Prometi que faria um post sobre ele aqui .
Bem, já faz mais de um mês e nada de eu cumprir minha promessa! Confesso que tive sérias dificuldades pra escrever sobre o filme. Uma das coisas que contribuíram pra isso foi o fato de eu ter  lido uma crítica ótima sobre ele (no jornal Folha de Londrina). Fiquei com aquelas palavras na cabeça, e assim,  nada do que eu escrevia prestava!! Então tive a idéia de procurar o autor do texto, e pedir pra publicar a critica dele aqui no blog! Obviamente eu não sou tão cara de pau assim, né? Só fiz isso poque eu conheço a criatura há alguns aninhos! Apresento-lhes o meu amigo Rafael Ceribelli (que foi super bonzinho quando eu pedi seu texto emprestado!) Ele escreve para a Folha 2. Quem acompanha o jornal já deve ter lido várias matérias de sua autoria. Hoje mesmo tem um crítica dele sobre o filme "Dorian Gray." Quem se interessar pela escrita do jornalista poderá ler mais coisas no blog de sua autoria. Acho que vocês vão sentir a diferença, afinal  temos um jornalista de verdade falando aqui! E que também é formado em filosofia, e especializado em cinema, vídeo e fotografia! (sim Ceriba, eu fuçei seu Curriculo Lattes para me certificar hahaha.) Gente, o blog tá subindo de nível, então aproveitem! =) 
Chega de enrolar, aqui vai a círtica do "Biutiful", por Rafael Ceribelli.

"Uma Triste Beleza

Biutiful consegue retratar de forma espetacular várias misérias da vida humana.
 
Uma história de amor entre um pai e suas crianças. Talvez isso resuma, da forma menos cruel possível, a trama que cerceia o longa 'Biutiful', indicado para duas categorias do Oscar neste domingo e que estreia hoje, às 20h30, no Cine Com-Tour/UEL.

Mas não se deixe enganar pelo título. O protagonista do drama é Uxbal (Javier Bardem): dono de um caráter dominado pela ambiguidade moral, o personagem se divide entre o papel de pai carinhoso de duas crianças e o de um negociador de mão-de-obra escrava, no submundo da cidade de Barcelona.

Além disso, Uxbal tem que lidar com sua ex-esposa desequilibrada e viciada em drogas e com a pressão imposta por um policial corrupto, que ameaça não permitir que ele negocie outro grupo de imigrantes; neste meio tempo, Uxbal consegue algum dinheiro extra ao oferecer seus - verdadeiros - dons mediúnicos para quem quiser pagar e fazer contato com o além-vida. Para colocar uma cereja dramática no bolo desta existência conturbada, Uxbal descobre que possui um câncer terminal, e que tem pouco tempo para deixar algum legado para o futuro de seus dois filhos. É possível perceber que poucas coisas são bonitas de se ver nesse longa.

Fortalecido por uma atuação excepcional de Bardem - que lhe rendeu neste ano o prêmio de 'Melhor Ator' em Cannes e uma indicação nessa categoria para o Oscar - a história do longa mexicano tropeça ao cometer vários 'excessos' trágicos, daqueles que fazem o público sair transtornado do cinema e considerando seriamente, na volta para casa, alugar 'Comer, Rezar, Amar' ou até algum filme do 'High School Musical' para tirar o gosto amargo da boca.

Buscando pontuar a narrativa depressiva com uma fotografia repleta de planos 'nublados' e locais claustrofóbicos, o diretor Alejandro González IÀárritu - que fez, junto com seu ex-roteirista Guillermo Arriaga, a aclamada trilogia de 'Amores Brutos', '21 Gramas' e 'Babel' - reafirma mais uma vez sua tese de que é inútil para um homem se rebelar contra a tragicidade de seu próprio destino, e que só nos resta jogar com as cartas miseráveis que a sorte oferece.

Focado em temas como morte e desesperança, 'Biutiful' deveria ser considerado um filme difícil de assistir mas - parafraseando Tom Long, crítico do Detroit News - a fantástica atuação de Javier Bardem faz o longa se transformar em um 'espetacular acidente de trem', daqueles que te arrepiam, mas que você não consegue tirar os olhos. Assista, mas prepare-se."
 
 

Bom, hoje publicamos pela primeira vez um post que não é de nossa autoria, mas queria adiantar que publicar textos de terceiros (amigos e visitantes do blog) está nos nossos planos desde o início! Então, se vc quer publicar sua crítica aqui, é só escrever pra gente! Já fizemos um convite informal para alguns amigos, mas a partir de agora vocês estão oficialmente convidados.  Se alguém tiver interesse é só enviar um email para sessaovazia@gmail.com, aí conversamos sobre!
 
Beijos a todos! Tenham uma ótima sexta-feira santa!
Audrey.
 
 
 

 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Eles crescem!

Gente, o objetivo do blog nunca foi ficar copiando outras matérias, mas sim escrever algo original. Mas hoje, como já aconteceu outro dia, eu vi uma matéria na internet e fiquei com vontade de compartilhar aqui! Saiu na globo.com, sobre a "pequena miss sunshine", que hoje em dia não está mais tão pequena! Aliás, dona Abigail ficou bem gatinha, de modo que seu nome não atrapalhará muito as paqueras! 

Bom gente, isso é um micro-post mesmo, só porque eu curto ver como estão as crianças hoje em dia! Já fiz isso com "os batutinhas" aqui
Quem quiser ver nossa (ex)barrigudinha pode clicar aqui

Beijos a todos e sejam felizes, afinal hoje é sexta-feira!!
Audrey.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

É brega... mas é legal pra caramba!

Já pensou como podemos gostar de certas coisas que, se pararmos pra pensar, são tão bregas? Não, não to falando de sertanejo universitário (que aprendi a aturar e, porque não, gostar..). To falando de 'Top Gun'. O filmão deslanchou a carreira do Tom Cruise, o galã narigudo e baixinho que andou pulando no sofá da Oprah.

O ano era 1986. E não teve um jovem sequer que não se deslumbrou com o filme. Meu tio, outro parceirão de Fórmula 1, me contou que foi ao cinema não sei quantas vezes assistir ao filme quando jovem. A aeronáutica dos EUA montava bancas de alistamento na saída das sessões para recrutar novos cadetes, o furor estava instalado.

Aviões caça, rivalidade, moça loira e bonitona, ego, disputa para ser o melhor, paisagens incríveis e cenas de ação de tirar o fôlego. Até aí, tudo bem. Mas, vôlei de praia, sem camisa e de calça jeans, com direito a gritinhos de 'uhuuu' de comemoração, tapinhas na bunda do parceiro e tudo? Brega demais! E o que falar da música tema, 'Take my breath away', da banda Berlin? Tudo bem, nem tudo é tão jacu e dá pra livrar algumas coisas da tarja de cafona, como os óculos Ray-Ban aviadores e o clássico visual jeans e camiseta branca. Mas o resto...

E sabe o que é melhor (ou pior)? Gostamos disso tudo. Tá, vou deixar no singular: gosto disso tudo. Se não fosse tão brega, não seria 'Top gun'. Imagine a cena de amor entre Tom Cruise e Kelly McGillis sem 'Take my breath away' ao fundo? Seria um lixo...Imagine a rixa entre Tom e o 'Iceman' vivido por Val Kilmer sem todos aqueles clichês, caras de 'te pego na saída' e sorrisinhos de deboche? Porcaria completa. É isso tudo que fez e faz o sucesso do filme.

Gosto pra caramba desse aqui. A prova? Outro dia gastei minhas pequenas economias comprando o blu-ray, edição especial de colecionador! Tem comentários, storyboards, revelações do elenco e da produção e, claro, como não poderia deixar de ser, O videoclipe dela, a inigualável 'Take my breath away'! Pra quem ficou com inveja:


" Watching in slow motion as you turn to me and say
Take my breath away "

Quer saber? Nem é tão brega assim...

Clint.

Matt Damon e o Iraque

'Zona Verde' é um filme muito bom. Retarata a invasão do Iraque pelos EUA, na fatídica guerra que todos conhecemos bem, transmitida ao vivo pros lares do mundo todo, com direito a bombardeios noturnos filmados com aquelas câmeras especiais que deixam tudo verde e vídeos da derrubada de estátuas do Saddam e do próprio, enforcado, tomando conta do Youtube.

A geração século XXI, que cresce em meio a tanta tecnologia, vive a guerra de um modo muito diferente de algumas décadas atrás. Imagina só, ficar sabendo tudo pelo rádio, imaginando sem poder visualizar, os horrores que, ora longe, ora perto, ocorriam no campo de batalha. Imagina receber notícias de quem se ama e está na guerra por cartas, que demoravam meses para alcançar seus destinos. Pior, imagina a ausência de cartas, notícias, sinais de vida. O que hoje se espalha pelo mundo em milissegundos, antes demorava tempo angustiante, só não maior do que o tempo de ter de volta quem partiu em campanha. Impossível não lembrar da cena de 'O resgate do soldado Ryan' em que a mãe, lavando louça na cozinha, vê pela janela, ao longe, um carro preto levantar poeira na estrada do sítio. Carros pretos do exército não trazem boas notícias, ela sabe, e por isso logo o desespero contido por meses se traduz em choro.

Voltando aos dias de hoje, em meio a tanta informação, difundida pelos mais variados meios, tudo se soube sobre a guerra do Iraque, tudo se viu ao alcance de um clique. Menos as tais armas de destruição em massa que justificaram a investida de Bush no Oriente Médio. Não vou ficar falando disso porque todo mundo já se cansou de ouvir que tudo não passou de um grande desculpa, seja na tv, seja na sala de aula do colégio, do cursinho, da faculdade, seja na conversa de bar, naqueles poucos (ainda bem!) momentos em que o papo fica sério.

O pano de fundo é esse e, então, a ação come solta. Ação de primeira qualidade. Não sou daqueles chatos que só gostam de filme de fora do mainstream. Curto de tudo, e do gênero ação sou fãzaço. Gosto de Rambo, idolatro os 007, curti demais 'Esquadrão Classe A' e surtei com 'Os mercenários'. Mas não tem como negar que aqui o patamar é outro, por conta da proposta, é verdade.

Paul Greengrass é o responsável por tudo isso por trás das câmeras. Foi ele que  reinventou o cinema de ação com a trilogia 'Bourne', que eu amo. O super capacitado espião sem memória vivido por Matt Damon conquistou o público e a crítica e forçou mudanças em franquias consagradas e milionárias, 007 que o diga. 'Cassino Royale' deu outro rumo à série de filmes de James Bond, fortemente influenciado por 'Bourne'.

Greengrass retorna em grande estilo com 'Zona verde', retomando sua câmera trepidante, dentro da ação, com cortes rápidos, montagem ágil e trilha sonora de primeira. Matt Damon, o menino dos olhos de Greengrass, dá conta do recado outra vez e mostra que com ele o chumbo é grosso. Destaque para a edição de som. Esse filme foi feito para assistir em 5.1, com o volume bem alto, pra não perder um vôo de helicóptero ou saraivada de balas sequer. Som bom assim em filme de guerra eu não via desde 'O resgate do soldado Ryan'. 

Além das qualidades técnicas da obra e das circunstâncias históricas explosivas, o roteiro é muito bem amarrado e o final é excelente. Sem essa história de bom moço ou heroísmo, o filme consegue passar uma mensagem de noção de responsabilidade, que tanto homens armados quanto nós, civis da vida pacata, devemos sempre ter. Ponto para Greengrass e Damon, sinal verde para o filme! 

Clint. 

Filme Alemão

E aí, alguém já assistiu um filme alemão? Eu nunca tinha visto! Quarta-feira passada foi minha primeira vez!
Aluguei "A onda". Há bastante tempo eu vi o trailer, e me interessei. Recentemente, num passeio na locadora com meu primo, ele disse já ter assitido e falou todo empolgado do quanto era legal.

OBS: Sim, eu considero a ida à locadora um passeio, e parte insubstituível do programa "assistir a um filme". É por isso que não gosto de baixá-los na internet, nem de compra-los no camelô. Eu gosto de pegar o carro, dirigir até a "Delta", entrar, olhar o encarte com os lançamentos, me perder entre as estantes vendo com as mãos os títulos que me interessam. Gosto de fuçar o recipiente dos pôsteres, mesmo sem nunca ter levado nenhum pra casa. Gosto de olhar as capas das revistas, os brinquedos e souvenirs, os dvds usados que estão a venda. De vez em quando perco alguns minutos na sessão inantil, e vira e mexe saio de lá com um pacote de chips bem cheiroso, ou um chocolate pra comer durante o filme. Desculpem, mas nenhuma ida ao camelô poderá subistituir esses 30 ou 40 minutos que gasto na locadora com muito prazer! É o meu "aquece".

Continuando, quarta "A Onda" foi o meu escolhido. Peço licença para resumir o filme nas exatas palavras do moço que me atendeu na locadora: "é a história de um professor cabeça, com uma idéia cabeça, e uns alunos nada cabeça." Ok, depois dessa vc só pode supor que vai dar merda, certo? E dá.

Bom, vamos escrever direito. O Filme se passa na Alemanha atual, e tem como foco um professor nada convencional e seus alunos do ensino médio. Burt Ross é professor de história, e desde o começo fica claro que suas aulas são diferentes, empolgantes, e que os alunos o preferem aos outros professores tradicionais. (Eu também preferiria um professor que forçasse o debate ao inves de lotar o quadro negro...)

Ross começa a abordar em sala o tema "autocracia." Os alunos dão sinais de que já não aguentam mais a matéria, o que me fez pensar que o nazismo deve ser abordado de forma exautiva na Alemanha. Meninos e meninas reclamam, demosntrando que têm consciência dos horrores implantados pelo regime de Hitler, e insistem que a Alemanha de hoje, moderna e consciente, não tem mais espaço para um regime assim.

É aquela velha idéia de que nós somos incorruptiveis,  e de que com a gente não acontece. Você olha pra trás e julga, com a certeza de que se tivesse vivido tudo aquilo, não teria compactuado com nada daquele horror. Eu tenho essa certeza, vocês não têm? Pois os alunos do professor Burt também tinham.

 Assim, o mestre, que já era adepto de uma forma menos convencional de ensinar, resolve começar uma dinâmica, e simular um regime autocrático dentro da sala de aula. Eleito como líder, ele passa a ditar as regras. Os alunos tem de ficar em pé quando quiserem falar, devem se dirigir a ele se utilizando de um nome específico, e quando questinados deverão dar respostas curtas e objetivas! (Exército?). Sempre trabalhando o tema, ele propõe que os alunos adotem  um nome para identificar o grupo. É aí que surge "A Onda". Em seguida um símbolo (alguém lembrou da suástica?), uma forma própria de se cumprimentarem (hello bracinho esticado em saudação "heil hitler"), e dezenas de outras coisas, como uniforme (camisas brancas) que identificam aqueles que pertencem "À Onda".

E esses elementos trazem de fato unicidade ao grupo! Uma cena que me marcou foi quando o típico excluidinho da turma se ve envolvido numa confusão, e logo outros dois integrantes "dA Onda" o identificam (de camisa branca) em apuros e se aproximam para ajuda-lo. A cena parece simples, mas não é. Isso porque esses dois salvadorezinhos da pátria aparecem no começo do filme justamente implicando (bullying?) com aquele que agora eles querem proteger. São um grupo, são um só, agora é diferente. Na minha opinião essa é a cena que marca a virada do filme, ao demosntrar a força do sentimento de identidade.

Com o tempo, "A Onda" extrapola os limites da sala de aula e deixa de ser formada apenas por alunos do prefessor Burt, pois cada vez mais pessoas se sentem seduzidas pelo grupo, desejando fazer parte dele. Os integrantes do movimento, que só aumenta, tratam com desprezo aqueles que dele não participam. Surge o sentimento de inferioridade e de exclusão para aquele que ficam de fora.

Os participantes "dA Onda" começam a implicar com outras "tribos", e vão sentindo uma necessidade cada vez maior de mostrar que o seu grupo é melhor e mais forte. É mais ou menos por aí que a coisa desanda. O espectador vai ficando tenso, junto com alguns alunos, que percebem que as coisas estão saindo do controle, e tentam alertar os demais, a escola, o professor!

Bom, se eu contar mais estraga! É obvio que todo mundo já percebeu que a coisa vai ficar (bem) feia! Eu mesma começei o post deixando isso claro. Mas a forma com que isso acontece, de um jeito tão rápido, e até natual, é que arrepia a gente.

Quando o filme chega ao fim, e tudo já deu errado, os envolvidos, em choque, caem em si. Mas assumir a sua parcela de culpa é sempre difícil. Mais fácil é culpar o líder, dizer para os outros e para si mesmo que você foi envolvido, convencendo-se de que dessa forma, você não é responsável por nada. Engraçado eu ter feito um parágrafo só pra falar disso, sendo que o filme não gasta nem um minutos nessa tarefa. Mesmo assim, consegue resumir em uma única cena tudo o que eu falei agora. Uma cena em câmera lenta aliás, de um professor desolado, deixando um colégio sob olhares crucificadores.

E ao término dessa cena, quando o filme relamente acaba,   aquela sensação de superioridade que você experimetou nos primeiros minutos, junto com aqueles alunos que tinham certeza que a Alemanha moderna (e por que não o Brasil?) não tem mais espaço para um regime Nazista, foi embora, deixando em você um oco que só não é completo porque você preenche de questionamentos.

Até onde nós somos corruptíveis? Até onde enxergamos o que é certo e o que é errado? Somos capazes de nos sacrificar? Pelo que? E de sacrificar os outros, em prol de um objetivo comum? Até que ponto isso é bom ou ruim? E se uma nuvem de fumaça cobrir nosso olhos? Será que conseguiriamos enxergar além da fuligem? E enxergando, faríamos algo para dissipá-la? Eu imagino que essas sejam perguntas que todos nós já nos fizemos alguma vez na vida. Eu pelo menos já. Mas depois desse filme, é como se eu tivesse descido do meu pedestalzinhdo de bondade pra questinar qual o tamanho da minha fraqueza, DE VERDADE.

beijos a todos,
Audrey.

ps: Procurando imagens sobre o filme descobri que uma das personagens, Lisa,  é interpretada pro uma brasileira! Veja mais aqui.

Cinema e música

Programa imperdível pra quem curte cinema, música e mora em Londrina: hoje à noite, às 20 horas, no Teatro Ouro Verde, a orquestra sinfônica da UEL faz apresentação com temas de filmes. A entrada é gratuita e a seleção promete ser das melhores. Acabei de ouvir uma palhinha do tema de Jurassic Park na TV, empolguei! Vamos conferir!
Outra dica: tem um DVD excelente pra quem curte trilhas clássicas, 'Morricone por Morricone - Eu amo cinema e música'. O compositor e maestro Ennio Morricone, italiano, é o responsável pelas trilhas de clássicos do spagheti western como a trilogia dos dólares, encerrada magistralmente por 'Três homens em conflito'. Além disso, são dele também os temas de 'Cinema paradiso', 'Era uma vez na América', 'Os intocáveis' e 'Era uma vez no oeste', dentre os mais de 400 filmes embalados por suas músicas. No DVD, Morricone rege a orquestra filarmônica de Munique, que executa seus maiores sucessos. Pra dar um gostinho, o clipe da música 'Ecstasy of gold', do final eletrizante de 'Três homens em conflito':



Recentemente, Morricone participou da trilha de 'Bastardos inglórios', o sucesso de Quentin Tarantino. As trilhas dos filmes do Tarantino são conhecidas por seu bom gosto que mescla estilos diferentes, criando efeitos incríveis em seus filmes. É música western em duelo de espadas samurai, rock em cena da segunda guerra e por aí vai. Vale conferir o CD da trilha de Bastardos, comprei e não me arrependi! Lembra da cena da Shosanna se maquiando para a grande noite? Destaque pra música que torna tudo mais empolgante! E pra matar a saudade, a cena que me fez chorar de rir, literalmente! Fazia tempo que não ria gostoso no cinema, mesmo em filmes de comédia, o que não é o caso:


Arrivederci!

Clint.  

domingo, 10 de abril de 2011

Aqui se come bem

Sou descendente de italianos e falar de máfia e cozinha no último post me deixou varado de fome. E não é raro sairmos de uma sessão (mesmo que regada a pipoca) com fome, inspirados por banquetes, fast foods e guloseimas degustados pelos personagens nas telas. Como to com fome e curto demais listas, rankings e afins, faço aqui meu TOP 5 de refeições do cinema!

ADVERTÊNCIA: nem todas são deliciosas ou provocam desejos de comer. O critério de seleção pessoal aqui utilizado leva em consideração quão marcantes as cenas de refeição são, por mais estranhas e asquerosas que pareçam. Vale aqui não só ser apetitosa, mas sobretudo memorável.

5- 'Os bons companheiros', com a cena já relatada no post anterior. Deixar um cadáver esfriando no porta-malas só pra não perder a chance de comer a comidinha italiana da mama, isso sim é gostar de comer. E eles não só comem, como dão risada, bebem, enchem a velhota de carinho e relaxam com os guardanapos pendurados em volta do pescoço. O morto vai ter de esperar.



4- 'Indiana Jones e o templo da perdição' deixa qualquer um faminto com a cena do banquete. Insetos, minhocas e cérebro de macaco no jantar que inspirou as provas malucas de 'No limite'. Impagável a cara de Harrison Ford a cada prato que é colocado à mesa. Indy mandando ver com o garfo.



3- 'Pulp fiction' empolga em vários momentos, e não tem como negar que o jantar de John Travolta e Uma Thurman naquele restaurante pra lá de estiloso é um dos pontos altos do filme. Ao invés de mesas, carcaças de Cadillacs e outras barcas cinquentonas. No lugar de garçons e atendentes, Marilyn Monroes e James Deans patinadores. Com direito a filé mal passado, milk shake e dancinha mítica no palco, descalços.




2- 'A dama e o vagabundo'. Clássica, copiada inúmeras vezes (inclusive em Shrek, rei das referências bem humoradas), presente no imaginário popular. Depois dessa cena, comer macarrão a dois nunca mais foi a mesma coisa.



1- 'Hannibal'. Dr. Hannibal Lecter, com seu peculiar apetite, apresenta a um japinha os prazeres de degustar carne...humana! Mas como a viagem é longa e ninguém quer usar aquele saquinho do avião, um cerebrozinho, bem leve, deve ser mesmo o mais adequado. Trilogia arrepiante, iniciada por um dos thrillers de maior sucesso (e qualidade) da história. No menu da locadora, pouca coisa vai saciar tanto sua fome de bons filmes quanto 'Silêncio dos inocentes'.


Clint.